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Liberdade de expressão
 
Existe um direito entre os homens que foi conquistado ao longo de séculos e séculos, entre discórdias, lutas incansáveis, inclusive mortes: a liberdade de expressão.
 
Quando se fala em direito humano (e falo como cidadã) dois tópicos importantíssimos estão inerentes: deveres e censura. Cabe ressaltar que censura em latim significa crítica, julgamento, condenação. Senão, vejamos:
 
O homem tem o direito de expor suas idéias, desde que estas não infrinjam a lei estabelecida; não impeçam o direito do outro; não maculem a moral alheia (difamação, calúnia, injúria); não perturbem a ordem e segurança públicas; não prejudiquem a saúde e o bem comum. 

Agora eu lhes pergunto: Quando termina o direito de um cidadão e quando começa o de outro? Convenhamos que a partir do momento que toda palavra ou ato têm vários conceitos e interpretações, dando margem a subterfúgios para benefícios pessoais, vemos que o exercício de nossa liberdade está aquém da uma democracia plena. A partir disso, emerge das palavras a única que poderá discernir este impasse: consciência. 

Esqueçamos o termo médico para estar consciente, que nada mais é do que estar auto, halo ou cronologicamente orientado. Aqui recorro ao dicionário para reportar as nuances da palavra:
 
Consciência: 
O atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade; faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados;
conhecimento imediato de sua própria atividade psíquica; 
cuidado com que se executa um trabalho, se cumpre um dever;]
senso de responsabilidade;
conhecimento, noção
(Dicionário Aurélio, 1993: p.140) 

Estarmos conscientes de nossas atitudes e palavras faz com que ultrapassemos censuras, defendamos nossa liberdade e procuremos cumprir nossos deveres, sem com isso omitir nossas verdades. 

“Nossas verdades”... Sim, porque verdade não é uma só. Pode haver leis, mas a verdade é uma concepção individual. Eu tenho a minha, vocês, as suas. E por haver múltiplas verdades, em cada reação humana corremos o risco de violar a liberdade.
 
Leila Marinho Lage
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Leila Marinho Lage
Enviado por Leila Marinho Lage em 28/05/2008
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