Nhaca! Vá tomar banho!
Aí, meus amigos. Aqui é Menô.
A doc me mandou escrever sobre um tema muito sinistro: mau hálito...
Pode ser que a maioria tenha nojo, mas mais nojo tem a parceira ou parceiro ao seu lado.
Vamos, então, melhorar o papo tornando-o literário:
“Nossos odores não incomodam tanto a nós quanto aos outros”
Não sei quem escreveu isso, mas é uma verdade. Chega ser filosófico, mas, principalmente, real.
A gente tem hnaca. A nhaca vem de bactérias e fungos na nossa pele e mucosas. Você pode ser rico, pode ser lindo e famoso, mas a nhaca te pega todos os dias.
A nhaca vai definir quem é gostoso ou não. Nosso cérebro está determinado a definir o que é bom ou ruim. Se não conhecemos cheiro melhor, o cheiro pior vai ser o bom. Quando se descobre um cheiro bom, o resto se define como ruim. É assim com a nossa vida desde a primeira infância.
Eu já comi cocô. Na primeira infância a gente discerne o cheiro ruim do bom. Se não somos educados para as coisas ruins e boas, elas não terão muita importância no futuro.
Isso explica porque em muitos países, até de primeiro mundo, não têm a mesma concepção de higiene que nós. Eles se acomodam ao frio e esquecem de tomar banho até no verão...
Nós, que moramos no calor, seja lá onde estivermos no Brasil, gostamos de banho – a maioria. Sentimo-nos sujos depois de algumas horas. E alguém na nossa infância já disse: “Vá pro chuveiro!”.
Até um mendigo gosta de banho, graças a Deus, nem que seja no chafariz da rua. Isso o brasileiro pode se orgulhar – a maioria é limpa.
Quanto menos banho, mais exposição aos bichinhos que nos povoam e mais infecções. Que não seja por nós, mas pelo outro ao nosso lado: banho é importante.
E num lugar frio a coisa não é diferente. Não vejo porque não tomar banho todos os dias, apesar do frio, a não ser que não haja calefação, água quente, luz etc. Só mesmo em péssimas condições, tipo na Antártida, num iglu, é que se justifica não entrar na água... Fora isso, não tomar banho, não se lavar, não escovar dentes é, no mínimo, pura sacanagem com o outro.
Cheiro de sexo é bom, mas o sexo limpo. Nhaca é outro papo... Sabem bem a diferença entre um e outro. Todos os animais sabem isso. Não somos nós, evoluídos, que vamos nos esquecer, não é? Aonde há cheiro ruim, há bichos estranhos ao nosso corpo sadio.
Tem gente que fede mais que a outra
Sim. Isso é realidade. Uns fedem mais que os outros. Não adianta mudar a natureza. A única forma de combater isso é se limpar mais e pronto!
Regras básicas para se livrar da nhaca
Acordar e tomar banho, lavando as partes direitinho. Elas ficaram horas com muitas bactérias e fungos. Essas bactérias despejaram muitas escórias que fedem – no corpo inteiro, principalmente na boca, axilas, dobras do corpo, cabeça e genitália.
Você acorda putrefato... Três horas já são suficientes para lhes tornar um pote de germes. E não adianta o melhor Dove do mundo!!! Então, vamos ao básico para que tenha vida social:
- Acorde e escove os dentes e a língua. Bocheche... Tome banho lavando as partes devidamente, muito bem lavadas...
- Após que comer, volte a escovar os dentes. E use fio dental entre os dentes toda vez.
- Tome banho ao acordar e ao dormir.
- Lave-se imediatamente antes de transar e lave-se após transar. É um insulto sentir cheiros ruins na parceira ou parceiro.
- Toda vez que urinar ou evacuar, lave-se muito bem.
- Caso seus odores ruins continuem, independente de higiene, procure um médico. Você pode estar doente.
- Principalmente o mau hálito tem várias etiologias e podem não ter correlação com sua higiene pessoal.
É interessante como as pessoas se interessam em saber se são aceitas socialmente e admiradas, mas ninguém faz a pergunta chave: “Eu fedo?...”. O verbo pode ser irregular, ou melhor, defectivo, com defeito, inconjugável, mas feder é pior que isso.
Posso dizer que em 40% dos casos responderiam: “SIM, eu fedo!”.
- Não transem sujos. Não usem roupas sujas, Não beijem com boca suja. Vocês lambem o chão?... Então... É a mesma coisa...
Tomem tenência! País desenvolvido é país cheiroso – de verdade...
Leila Marinho Lage e Dona Menô
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