Marcelo Yuca e NOSSO karmaApós a leitura deste texto, leiam EFEITO MORAL:
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Marcelo Yuca, ex-baterista do grupo Rappa, que já foi vítima de um assalto que o deixou paraplégico, novamente sofre agressões de um assaltante. Desta vez, um animal que quase o arrastou no carro, na tentativa de roubar seu carro e o que possivelmente sacou em um banco. Ele estava acompanhado de seu enfermeiro e outra pessoa.
O animal não acreditou que ele não conseguia sair do carro, por causa da paralisia. Seu carro é adaptado e nem isso o animal conseguiu roubar. Mas roubou a paz de um dia "normal" de Marcelo, como também roubou a tranquilidade de um cidadão numa cidade grande.
Os cidadãos são obrigados a pagar impostos caríssimos e a declarar que são honestos. Os cidadãos têm que comprovar que são dignos de seus direitos; eles têm deveres e obrigações. Mas os cidadãos não têm seus direitos respeitados, muito menos no que se refere à proteção.
Contava minha mãe que meu avô, quando ainda morava em Portugal, tinha que atravessar as matas para trabalhar. Os lobos ficavam à espreita pelo caminho. Ele sentia a presença dos animais e assoviava para os assustar. Ele sentia a presença dos lobos o seguindo e fingia tranquilidade.
Nós, cidadãos, de cidades modernas e inteligentes, somos, na verdade, habitantes de selvas, onde convivemos com seres que só podem ser considerados feras selvagens - não são gentes!
Somos pessoas “normais”, expostas a todas as intempéries da natureza... humana! Estamos aqui nesse mundo para sermos apenas felizes e sobrevivermos a todas as sacanagens que nos põem à frente. Enquanto isso, num mundo paralelo, de homens-animais irracionais, assaltantes, bandidos, a miséria da espécie, o esgoto da humanidade, aparece um “bicho” humano para ACABAR com nossa saga.
Eu já estive diante de um estuprador maldito e sei muito bem o que é sentir-se humilhado e saber que não passaríamos de uma manchete de jornal no dia seguinte. O problema da segurança no Rio de Janeiro é igual a muitas cidades e continuará. Temos que torcer para não sermos a bola da vez.
Não existe um policiamento eficaz. Fora que muitos policiais são bandidos, mais que os bandidos. Não existe segurança em nenhuma rua do Rio de Janeiro. Os bandidinhos estão à solta e fazem o que querem.
A maioria morrerá antes dos 20 anos de idade, mas eles se procriam que nem coelhos, da mesma forma que procriam as corrupções e os interesses pessoais dos ditos grandes, que deixam nossa sociedade à margem da dignidade.
Leila Marinho Lage
http://www.clubedadonameno.comRio de Janeiro, que continua lindo, 02 de março de 2009