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Sociedade
Vou rapidamente colher na Internet a definição de sociedade:
“Em Sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade”.
“Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada”.
“A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com outros". Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo comum. Como tal, sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o coletivo de cidadãos de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico”.
Eu sei que é muito difícil fazer com que pessoas “normais”, que possuem vidas tranquilas ou quase isso, sintam na pele o que passa um deficiente físico. Talvez porque cada um tenha um calo e sabe onde ele dói, e por isto mesmo ache que de dramas já bastam os deles, mas daí a ser inconveniente e mal-educado é outra coisa!
Quando eu cheguei à passeata do último domingo em Copacabana soube de uma ocorrência que no mínimo pode ser encarada até como crime:
Primeiro crime: Tolher a liberdade de expressão de alguém.
Segundo crime: Agredir moralmente alguém.
Terceiro crime: Não respeitar normas de cidadania.
Copacabana, assim como o centro da cidade do Rio de Janeiro e também o bairro do Flamengo são lugares para várias manifestações e eventos públicos, tanto sócio-políticas, quanto artísticas ou até desportivas - a maioria, com o respaldo da Prefeitura. Portanto, devem ser respeitadas, mesmo que não aceitas por algumas pessoas. Acontece que ocorreu um fato muito constrangedor naquele domingo. Passo abaixo:
Componentes e seguidores do Projeto SuperAção, do Instituto Novo Ser e de várias outras entidades que visam o bem-estar social do deficiente físico caminhavam em passeata atrás de um trio elétrico. As músicas que eram cantadas diziam sobre inclusão social e acessibilidade plena. Algumas personalidades falavam ao que vinham, alertando o público sobre as dificuldades dos cadeirantes e todos que, por alguma doença, se acham tolhidos socialmente. Era uma reivindicação justa e muito tocante. Além do mais, nada tinha a ver diretamente com propaganda política, apesar de estarem lá vários candidatos, mas também estavam presentes escritores, repórteres, intelectuais, integrantes da área de saúde etc. O povo que habitualmente curte a praia e a orla transitava meio que alheio ao grupo, uma vez que aos domingos a Avenida Atlântica é fechada para lazer. Aí todos botam o “bloco na rua” e “vendem seu peixe”...
Havia um grupo de senhores jogando vôlei na areia e um deles se incomodou com o barulho, a “balbúrdia”. Não se conformando, atravessou a rua e foi lá reclamar. O que acham sobre isso?
Bem, eu soube que o cara foi vaiado, mas eu imagino o que um deficiente sentiu naquela hora. Podem ter certeza absoluta que eu ia descer das tamancas, se conseguisse andar, e meter porrada nele. Ainda bem que as pessoas que ali estavam são acostumadas com este tipo de discriminação e apenas vaiaram o “atreta” zona sul casual.
Se fosse comigo ia sair porrada...
Poderão entender melhor este texto quando lerem os artigos sobre o tema, em ordem alfabética, nos capítulos sobre "ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL", "MÁRCIA GARCES" e "NA PASSEATA", no Espaço Cultural de Dona Menô: http://www.clubedadonameno.com/devaneios/menu_novo5.asp Artigo e Fotografia Leila Marinho Lage http://www.clubedadonameno.com
Leila Marinho Lage
Enviado por Leila Marinho Lage em 21/09/2010
Alterado em 26/09/2010
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