No meio do meio-dia
Igreja da Penha
Igreja da Penha, que dá o nome a um bairro do subúrbio... Eu avistei aquele monumento lindo lá ao longe num morro, que sempre quis ir. Eu sempre quis conhecê-lo de perto e ninguém me deu bola, enquanto eu era jovem.
Até lembro de ter ido lá na infância, mas eu era muito pequena e não lembro de muita coisa, só das escadarias, que as pessoas acessavam a pé e não pelo elevador na rocha. Eu vi gente se arrastando metros acima por conta de promessas – nada mais me vem à memória.
Eu novamente quis voltar lá este ano, mas me avisaram que depende do dia... Os traficantes tomaram conta da área que circunda a igreja e até missas só acontecem se os donos da boca permitirem. Isto foi o que eu soube.
Fiquei com medo por duas coisas:
Primeiro, a minha Canon fresquinha, que nem sei usar. Pelo menos tenho que pagar as prestações dela...
Segundo, pela minha vida. Eu morei perto desta igreja por décadas e nunca fui lá. Não seria agora, macaca velha de guerra, e apenas uma visitante, que seria morta por AR 15, apenas por um capricho...
Poderão entender melhor este texto quando lerem os artigos sobre o tema, em ordem alfabética, nos capítulos sobre "ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL", "MÁRCIA GARCES" e "NA PASSEATA", no Espaço Cultural de Dona Menô:
http://www.clubedadonameno.com/devaneios/menu_novo5.asp
Crônica e Fotografia
Leila Marinho Lage
http://www.clubedadonameno.com