Clube da Menô

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Textos

Quando se vê a coisa roxa

Aos meus leitores

Recentemente escrevi para a minha advogada dizendo que eu a delegaria muitas funções. Ela, tadinha, está providenciando o processo contra a OI, que teve um entrave, pois acham na justiça que sou muito rica, de acordo com o meu imposto de renda e, por isto, posso pagar à justiça pra processar uma empresa de telefonia que me tirou muita grana e fez meu inferno em questão de dias.

Eu não sei onde a injustiça começa e acaba, pois mais que eu veja de forma objetiva, ainda acho que os fios de nossos bigodes se foram com os nossos ancestrais portugueses. Hoje a gente precisa comprovar pobreza, cidadania e profissionalismo. A princípio, qualquer médico é desonesto, até se prove o contrário.

Venho por meio desta, avisar que meu telefone do consultório funciona desde a última quinta-feira, dia 10 de janeiro de 2013. Neste dia muita coisa aconteceu, inclusive uma tragédia com gente amiga, mas hoje só vou colocar sobre a OI:

Um cara da ouvidoria da OI me ligou. Foi o segundo sujeito, pois o primeiro foi um garoto que quis me peitar, com voz e vocabulário de funkeiro. Detonei o primeiro e até fui injusta com o segundo, pois até polícia eu disse que ia colocar na história. O segundo atendente estava a ponto de ter um ataque cardíaco, mas me acalmou. Acalmou muito mais quando fez meu telefone voltar a funcionar assim que desligamos.

Não me interessa saber se a causa do defeito foi um roubo de cabos ou uma obra lá o cu do Judas. Não me interessa saber se foi uma pane no sistema deles. Não me interessa saber o que foi. Fica para os repórteres esta matéria no futuro. O que importa é como este serviço trata a população. A falta de um telefone diferenciado pode levar a mortes, da mesma forma que uma guerra leva!

Agora a Oi vai me responder judicialmente por uma semana sem telefone e tudo que causou por causa disto, tanto em danos morais e financeiros, por constrangimento e prejuízo contra a saúde de minhas pacientes. Assim que a juíza aceitar que eu sou uma dura e não posso dar dinheiro por aí para a burocracia, vou começar a denúncia contra a OI nos trâmites legais. Podem demorar anos, mas saberão no que deu.

Acho que alguns profissionais foram os responsáveis pelo funcionamento de meu telefone: uma repórter do Jornal O POVO, um outro do O DIA, funcionários lá de dentro, com os quais tenho uma história de vida. A ANATEL até agora não se pronunciou...

Agradeço a cada pessoa que me escreveu e que me ligou, principalmente os que moram em outros estados ou países. Acho que o fato de eu ter perdido meu ganha-pão e essa gente ter tirado o meu chão, fez com que muitas pessoas se identificassem com meu desespero Também essas pessoas sofreram em algum momento com a safadeza das operadoras de telefonia, cada uma com uma história mais cabeluda que a outra.

Eu não admito que tirem meus direitos adquiridos como cidadã e pagadora de impostos (muitas vezes absurdos). A gente até deixa passar muitas arbitrariedades - pois se eu fosse falar sobre todas, a esta hora eu estaria assassinada, mas quando não me deixam sobreviver com meu trabalho, isto só funcionaria pra alguém que tivesse culhão maior que o meu.

A tempo: calço 36, adoro ouvir uma voz grave ao meu ouvido, com uma barba me arranhando, mas se mexerem na minha vida profissional, viro macho, coço o saco e cuspo pro lado!

Agradeço, novamente, aos meus amigos e leitores. Sem vocês eu não estaria trabalhando agora. A partir de então, mesmo com as minhas dificuldades financeiras, vou começar a atuar em meu site, enviando a todos em breve aquilo que esperam; aquilo que nos ligou em algum momento ou durante esses anos todos, com muito amor, feminilidade, espiritualidade e delicadeza.

Boa semana a todos.

Leila Marinho Lage
Rio, 13 de janeiro de 2013
http://www.clubedadonameno.com



 
Leila Marinho Lage
Enviado por Leila Marinho Lage em 13/01/2013
Alterado em 12/02/2013
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