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Uma notinha famigerada

De outubro de 2006 pra cá se tem detectado casos de infecção pós-operatória por Mycobactérias.
Existem várias Mycobactérias, inclusive da tuberculose e hanseníase (lepra).
As mycobactérias causadoras das infecções em pacientes no Rio (e agora soube que em outros Estados) são Mycobacterium abscessus e M. fortuitum.
Estamos observando infecções persistentes após cirurgias, tanto as cirurgias tradicionais quanto cirurgias por laparoscopia ou artroscopia.
Estão acontecendo em hospitais públicos e nos particulares.
A mycobactéria se dissemina pela água, pelo ar e pelo solo. Tem o poder de se tornar mutante e ficar resistente aos antibióticos.
Uma infecção por Mycobactéria pode durar meses e, em alguns casos, ser necessário a retirada cirúrgica do tecido contaminado. A infecção pode também ser pulmonar ou no sangue.
É necessário saber como isso aconteceu e se tomar todas as providências para que ela se erradique do ambiente hospitalar ou, pelo menos deixar de ser uma epidemia e sim, casos isolados.
Os médicos laparoscopistas estão seguindo normas rigorosas de esterilização do seu material e utilizando cânulas descartáveis ao invés de apenas esterilizarem seu instrumental.
Os cirurgiões dependem da qualidade de esterilização do material cirúrgico, como também de hospitais que mantenham um controle de infecção hospitalar eficiente.
Esta história está rolando desde outubro e sabe-se lá por quanto tempo antes as pessoas foram vítimas desta bactéria...
Leila Marinho Lage
Enviado por Leila Marinho Lage em 21/04/2007
Alterado em 21/02/2009
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